A performance "Anti-Percurso" às vezes me dá a sensação de existir por um aprender sobre superação. Pois, a coreografia como se estrutura dá a idéia de obstáculo intransponível, onde a tentativa de superá-lo é tão árdua que leva a desistência.
A cena da cadeira para mim é um exemplo forte de tentativa e desistência. Parece que tento superar, tento me adaptar, mas o movimento me leva ao chão, ao marco zero. Adaptação é uma questão primordial nesse caso, como dito no post anterior, ao nos depararmos com obstáculos muitas vezes encontramos novos caminhos e nos encantamos e resolvemos assim mudar nosso objetivo final, mas talvez essa seja uma fuga, uma maneira de facilitar o caminho.
Às vezes creio que devemos insistir mais no objetivo final, que nem sempre o mais fácil é o mais interessante. A cena do pêndulo por exemplo, é uma concretização dessa insistência, vamos e voltamos insistindo no caminho, na qualidade de movimento, não deixamos ela morrer, e nem sempre alteramos movimentos complexos por movimentos mais simples, pelo contrário, a cena tende a complexificação, apesar de parecer um simples caminho a percorrer.
Por hoje é isso...
Sabrina Gizela
Interessante ver sob este aspecto.Pois realmente, até que ponto nos superamos e quando passamos a simplesmente buscar fugas.
ResponderExcluirÉ bom estar atento, sempre.
Beijos