quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Vídeo-Arte

Lembrei que nos projetos que venho escrevendo para Anti-Percurso, digo que será um espetáculo de dança contemporânea e vídeoarte ou é video-arte? Já ví escrito dos dois modos... Mas me dei conta que mal entendo sobre o assunto!
Sei o que o espetáculo propõe, a interação que queremos com os vídeos, cenas "ao vivo" interagindo com cenas gravadas, edições que apresentem propostas que não poderiam ser executadas ao vivo, mas que serão fundamentais para o espetáculo, dentre outras idéias..., cada uma pensada para um momento diferente que traz e/ou agrega sentido e valor à proposta.
No entanto sinto que falta mais clareza... o que pretendemos em Anti-Percurso é Videoarte? Sim, não, então o quê é? Video com dança heheh?
Como cada cena tem sua idéia elaboraba a partir de justificativas sólidas e, como venho percebendo, isso tem nos agradado bastante, saber o que estamos dançando e, porquê, pensar além dos vídeos mas, também o que eles são, onde eles se encaixam, pode nos ajudar.
Infelizmente essa é só uma proposta, uma indagação que não sei responder...
Em Wikipédia consta:

"A videoarte é uma forma de expressão artística que utiliza a tecnologia do vídeo em artes visuais. Desde os anos 1960, a videoarte está associada a correntes de vanguarda.Alguns dos principais representantes deste tipo de arte são Nam June Paik, Bill Viola e, no Brasil, Eder Santos, Paulo Bruscky, Corpos Informáticos entre diversos outros.A data simbólica para o nascimento da vídeo-arte é no ano de 1965, através do trabalho do coreano Nam June Paik, sendo um de seus percursores*video junto com o alemão Wolf Vostell.Os artistas usam diferentes mídias, mas o videotape foi o mais utilizado nos tempos iniciais.Hoje com avanço da tecnologia o uso de Flash, Final Cut entre outros faz do meio um desafio".
Não ajuda muito, os links quem sabe...

Já na enciclopédia Itaú Cultural, a definição é melhor:

"O barateamento e a difusão do vídeo no fim da década de 1960 incentivam o uso não-comercial desse meio por artistas do mundo todo, principalmente por aqueles que já experimentavam as imagens fotográficas e fílmicas. O vídeo e a televisão entram com muita força no trabalho artístico, freqüentemente associados a outras mídias e linguagens...Cada vez mais as obras articulam diferentes modalidades de arte como dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura, desafiando as classificações habituais, questionando o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte...A introdução do vídeo nesse universo traz novos elementos para o debate sobre o fazer artístico. As imagens projetadas ampliam as possibilidades de pensar a representação, além de transformar as relações da obra de arte com o espaço físico...Uma nova forma de olhar está implicada nesse processo, distante da ilusão projetada pela tela cinematográfica e da observação da obra tal como costuma ocorrer numa exposição de arte. O campo de visão do espectador é alargado, transitando das imagens em movimento do vídeo ao espaço envolvente da galeria. As cenas, os sons e as cores que os vídeos produzem, menos do que confinados ao monitor, expandem-se sobre e ao redor das paredes da galeria, conferindo ao espaço um sentido de atividade: o olho do espectador mira a tela e além dela, as paredes, relacionando as imagens que o envolvem. Se a videoarte interpela o espaço, visa também alterar as formas de apreensão do tempo na arte. As imagens, em série como num enredo ou projetadas simultaneamente, almejam multiplicar as possibilidades de o trabalho artístico lidar com as coordenadas temporais".

Essas últimas nove linhas me remetem à ampliação inversa do olhar que já pensamos. Como iremos por meio do vídeo ampliar o olhar o espectador para além dos nossos movimentos presenciais, para elém do espaço do teatro, para espaços reconhecíveis como os das ruas, e novos, para aqueles da imaginação, que ganham forma no vídeo. Faremos uma ampliação inversa da descrita acima, mas correspondente no tocante à proposta, ampliar o olhar do espectador.
Bem, essa é só uma introdução do que pude pesquisar...
Quem tiver mais a respeito, acho que seria interessante "botar na roda", vamos retomar o blog, esclarecer idéias que, como vimos, nos ajudam a pensar e elaborar o espetáculo!
Charlene
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