segunda-feira, 20 de julho de 2009

Qual o nosso percurso?

Na maioria das cias. de dança, em geral, o que muda são os bailarinos e o coreógrafo ou o diretor continuam em seus postos desenvolvendo com suas questões em cena. No entanto a O´ctus vem passando por período inverso onde o olhar da cena antes centralizado na figura da direção se dissipou para as bailarinas que agora tem que apurar os seus olhares para si, para o seu corpo, para a cena, para o outro, para... Enfim.

Não vejo nisso um problema, mas uma fase de descobertas, desacertos, ajustes, paciência e uma busca incessante, cansativa e gratificante. Enquanto intérprete da O´ctus sempre criei e construí cenas partindo de referencias dadas pela direção, embora a cena nascesse do meu corpo, o primeiro estimulo e os moldes finais ficavam por conta da direção.

Esta nova estrutura de criação me traz liberdade e trabalha concomitantemente com minha percepção corporal, amplia o meu senso crítico e me deixa mais aberta a criticas.

A cena da cadeira é um exemplo, nasceu de uma idéia minha, construí junto com o olhar da Charlene e modifiquei a partir do olhar da Sabrina.
Acho que essas sensações de ser remessado para o zero são importantes para o espetáculo, que trabalha exatamente este percurso da cia. agora.

Nastaja Brehsan

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