domingo, 16 de agosto de 2009

Tecnologia do dia a dia.


Segundo Bittencourt, a palavra tecnologia vem do grego tekhnologia, formada por tekchno: arte, indústria, ciência + logia (logos): Linguagem, estudo. Ou seja, tecnologia é a linguagem ou o estudo da arte e da ciência.


Qual é o ser humano que não utiliza a tecnologia para algum benefício próprio?
Quando penso em sair de casa, nem penso e já estou com o celular na mão.
Uma coisa já esta tão intrínseca na outra que já não conseguimos mais distinguir de fato o que fazemos sozinhos ou o que nos apoiamos. Não estou fazendo uma queixa, pelo contrario. Mas na arte ou na dança isso não é diferente, quando pensamos em uma luz que constrói a cena, ou em um vídeo que converse com o intérprete ou o espectador e espetáculo. Estamos utilizando a tecnologia sem desassociá-la do principal. Que é a obra em si.
Porém estamos vivendo num mundo onde as facilidades são tantas que robôs dançam ou intérpretes transformam seus corpos em holografias. Onde tudo vale. E o que não vale?
A questão é, de que forma utilizo a tecnologia para melhorar, transformar e aprimorar a dança, criando discussões e reflexões acerca do tema e não criando simplesmente mais um show de artifício?

Apenas pensando sobre.

Nastaja Brehsan

Balançar, hesitar é também estar em dúvida.

Ao pensar nestas palavras, que são a mesma coisa, penso no nosso percurso e porque ele tem sido diferente.
Quando penso em união, em estar junto, logo me vem à imagem de coisas que se aproximam, que se querem, que tem a certeza de que este é o caminho a ser percorrido mesmo com os percalços que se obstruem.
Pela primeira vez, pelo menos pra mim, nos unimos justamente pelo incerto, pela dificuldade e pelo descrédito. Parecia tudo uma grande farsa, mas a O´ctus estava ali. Era tudo muito confuso, caótico, mas estávamos ali. Sem saber direito como seria, o que teríamos que fazer e como o faríamos. É engraçado, pois o mais fácil seria a auto destruição de fato, mas não. Estamos aqui. Sinto como se estivesse lá no inicio, porém com mais maturidade nas decisões. Sem grandes aventuras, mas com a certeza de que realmente é isso que eu quero. É isso.
Não me importo com colocações de terceiros sobre o que ou como estamos. Me importa saber que na maior dificuldade estamos juntas, trabalhando e vendo o nosso trabalho nascer.
Acho que isto faz parte do anti-percurso da companhia e que realmente me incita a criação.

Nastaja Brehsan

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Considerações sobre Retorno

Retornar: Voltar ao ponto de onde se partiu; regressar; Trazer; regressando; Restituir.(DICIONÁRIO ONLINE PRIBERAM)

Retorno:Ato ou efeito de retornar; mercadoria que se trouxe em troca da que se levou; aquilo que se dá em troca do que se recebeu; Dádiva em compensação.(DICIONÁRIO ONLINE PRIBERAM)

Depois de nossas conversas a respeito de RETORNO pensei em como poderiam ser as nossas intenções. Retornar não me parece fácil, após um desvio, voltar com informações diferentes ao que se tinha anteriormente. Esse anterior logo é modificado, pois as pessoas estão modificadas, o desvio lhes trouxe uma carga de informações e experiências que afloram nelas, muitas vezes até despropositadamente.
No entanto, se houve um Retorno, foi porque assim o quiseram, caso contrário, no instante em que ele fosse percebido seria abandonado, desviariam de sua rota. Então, isso me leva a pensar que por mais difícil que retornar seja, não necessariamente, ou a todo instante, tenha que ser pesado. A pesado, me refiro, com uma carga de tensão, de semblantes fechados. Nossos corpos estão atentos, em estado de alerta para enfrentarem os obstáculos, mas nem por isso ou nem sempre têm que permanecer tensos. Se em Desvio há momentos descontraídos, como por exemplo Minimal, misturados a alguns instantes de tensão, porque em Retorno teria que ser diferente? Nosso retorno à Cia heheh (estou me referindo a essa nova fase em que estamos sem a figura de um diretor) foi difícil, bem difícil, mas também houveram momentos divertidos, alegres... O que foi o nosso último ensaio? Um festival de tosses, corpos cansados, doloridos e muitas gargalhadas heheh! O que foi a última reunião na casa da Nastaja? A minha boa surpresa em ver a Sá, não sei como explicar, mas ela me parecia contente e surpresa com o trabalho, com o que estava resultando o nosso espetáculo!
Se vamos encerrar com nossas caminhadas elas poderiam ganhar um “novo ar”. De quem passou pelo percurso, desviou por caminhos próprios e esclarecedores e retornou, com novas bagagens e acreditando que era o melhor a ser feito, acreditando nesse retorno e estando “mais leve” após trilhar todos esses caminhos...
Não sei, foi só uma idéia, uma reflexão sobre a gente (O'ctus) e o resultado: o nosso espetáculo, como uma dádiva em compensação, assim como consta no dicionário. Nosso Retorno, pra mim, é uma dádiva que compensa os obstáculos que encontramos pelo caminho.

Charlene Simão
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